Protestantismo de linha principal

Celebração da Eucaristia em uma igreja protestante metodista

Protestante da linha principal (em inglês chamado de Mainline Protestantism) [1][2][3] são expressões usadas para designar grupos de denominações protestantes classicos que se distinguem do Evangelicalismo. Assim, no contexto norte-americano os mainlines são a parte mais liberal do Protestantismo Clássico, mas não representam todos os protestantes clássicos.[4][5]

A distinção entre protestantes mainlines e evangélicos surgiu nos Estados Unidos por conta da divisão entre igrejas de todas as tradições protestantes. De um lado estão os mainlines, com uma postura ecumênica, progressista, mais voltada para o trabalho social da igreja, bem como maior tolerância a ordenação de mulheres e casamento gay. Em oposição a estes estão as igrejas evangelicals (em português evangélicas), com postura mais conservadora, em favor mais de uma doutrina confessional que um estudo bíblico sistemático, contra o ecumenismo amplo, com maior enfase no evangelismo, contra o Liberalismo Teológico, ordenação feminina e casamento gay.

O termo linha principal (mainline), todavia, pode enganar, já que em algumas famílias denominacionais os evangélicos são maiores que os mainlines. São consideradas mainlines nos EUA: Igreja Presbiteriana (EUA), Igreja Metodista Unida (EUA), Igreja Evangélica Luterana na América, Igreja Episcopal (EUA), Convenção Batista Americana, Igreja Unida de Cristo e Discípulos de Cristo. Essas são chamadas de "sete irmãs". Todavia, também são conhecidas como mainline a Igreja Reformada na América, Igreja Episcopal Metodista Africana, Igreja Menonita EUA, Igreja da Morávia na América do Norte, entre outras.[6][7] [8]

Já as igrejas evangélicas nos EUA incluem: Convenção Batista do Sul, Igreja Luterana - Sínodo de Missouri, Igreja Presbiteriana na América, Igreja Anglicana na América do Norte, Igreja Cristã Reformada na América do Norte, Igreja Presbiteriana Evangélica, Assembleia de Deus EUA, Igreja Adventista do Sétimo Dia, entre outras.

Embora constituam um grupo influente em vários países, os protestantes mainlines têm perdido influencia desde meados do século XX, em especial nos Estados Unidos, onde eram 30% da população do pais em 1970, mas apenas 14% da população em 2014. Por outro lado, os protestantes evangélicos apresentam crescimento no mesmo período. O Pew Research Center estimou que em 2014, 25,4% dos americanos se identificava como protestante evangélico, constituindo o maior grupo religioso do país.[9]

As igrejas do protestantismo mainlines compartilham uma posição social semelhante, o que faz com se organizem em grupos como o Conselho Nacional de Igrejas nos Estados Unidos ou o Conselho Mundial de Igrejas a nível mundial. Devido ao seu compromisso com o movimento ecumênico, o protestantismo mainlines por vezes é referido como "protestantismo ecumênico". Estas igrejas tiveram papel no movimento de libertação teológica dos anos 1960 e participam do movimento negro e das mulheres. Como um grupo, as igrejas protestantes mainlines defendem uma doutrina religiosa que enfatiza a salvação pessoal através da justiça social. Seus membros têm desempenhado papéis de liderança na política, nos negócios, na ciência, nas artes e na educação. Falando sobre o contexto americano, o historiador George Marsden escreveu que nos anos 1950 "os líderes protestantes históricos eram parte do mainstream cultural liberal-moderado e seus porta-vozes eram uma parte respeitada do debate nacional".


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